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Para jovens, trabalho árduo rende, mas sucesso não é medido com dinheiro

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Quem nunca ouviu conselhos dos mais velhos dizendo que o segredo para se chegar ao sucesso na profissão é o trabalho árduo? Pois agora há pesquisas comprovando a sabedoria popular.

De acordo com um estudo realizado com milhares de trabalhadores americanos por Dora Gicheva, da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, aqueles que trabalharam pelo menos cinco horas além da jornada habitual, tiveram um aumento de pelo menos 1% no salário anual.

Parece pouco, mas a pesquisa analisa dados consolidados, ou seja, para alguns o aumento pode ter sido maior que isso. E o achado só é válido para quem trabalhou pelo menos 48 horas na semana. Quem trabalhou menos não teve mudança significativa no salário.

Outro fator que chama a atenção no estudo é que sua validade aplica-se aos jovens com educação formal de alto nível, ou seja, principalmente com nível universitário.

A conclusão simples e imediata que pode ser tirada do resultado do estudo é que os jovens não só devem estudar muito, mas trabalhar muito, principalmente no início de carreira. Algo aparentemente óbvio. Será?

O que se tem percebido mais recentemente, pelo menos de maneira informal, é que muitos jovens não só estão descontentes em seguir a carreira corporativa, como querem ter mais qualidade de vida, ou seja, não querem passar os “melhores” anos da vida no trabalho.

Mesmo aqueles que optam pela carreira como empreendedor do próprio negócio não estão dispostos a abrir mão de tudo para focar apenas no negócio. Eles querem autonomia justamente para poder decidir quando, como e com que intensidade vão trabalhar.

Em conversas informais com empreendedores e executivos de sucesso, não só sobre o resultado do estudo, mas sobre a tendência de comportamento dos jovens, não notei unanimidade.

Há aqueles que continuam acreditando fortemente na fórmula educação + trabalho árduo = sucesso, e há alguns que dizem que o mundo mudou e os jovens precisam construir um novo modelo de capitalismo, mais consciente e não só focado no resultado financeiro.

O fato é que a transformação do mercado de trabalho está ocorrendo aos poucos e ninguém sabe, ao certo, o que ocorrerá no longo prazo. Muitos, porém, são enfáticos em afirmar que a equação futura para o sucesso incluirá cada vez mais o altruísmo.

Esse último fator geralmente era o último na lista das realizações dos mais bem-sucedidos, justamente quando tinham tempo para se dedicar aos outros, ou seja, quando o sucesso financeiro já tinha ocorrido em suas vidas.

Hoje, há muitos jovens invertendo a ordem e se dedicando totalmente aos projetos sociais, já em início de carreira. E não parecem estar tão preocupados com grandes ganhos financeiros. Só saberemos se fizeram ou não a escolha certa daqui a alguns anos…

E você, qual equação acredita que seja a mais adequada para a sua carreira?

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