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Empresas com responsabilidade social têm produtos mais bem avaliados.

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A preocupação com o ambiente, a comunidade do seu entorno e os impactos que a presença de uma empresa causa à sociedade têm sido debatidos cada vez com mais frequência no mundo corporativo. E isso pode ajudar a vender mais.

Apesar de não ser um objetivo explícito para a maioria das empresas socialmente responsáveis, tal prática pode auxiliar não só no aumento das venda, mas na melhoria da percepção dos clientes quanto à qualidade dos seus produtos.

Uma pesquisa realizada por Alexander Chernev e o estudante de doutorado Sean Blair, da Kellogg School da Universidade Northwestern, encontrou evidências que comprovam tal tese.

No estudo realizado, os participantes avaliaram um vinho tinto como tendo um sabor melhor, quando souberam que o vinicultor doava 10% da receita para a American Heart Association.

A percepção que a empresa está fazendo o bem e é socialmente responsável faz com que as pessoas que possuem valores morais similares aos da empresa avaliem de maneira mais positiva suas ações e considerem seus produtos como sendo de qualidade superior.

Isso pode ocorrer mesmo quando os produtos de uma empresa não são superiores em qualidade aos de um concorrente que não evidencie tais práticas.

Fatores adicionais aos aspectos técnicos, usabilidade, performance etc. estão sendo considerados de maneira intuitiva pelo cliente, pois ele prefere o produto A ao B por acreditar que além de satisfazer uma necessidade sua, também auxilia indiretamente outras pessoas.

Por outro lado, apenas dizer no discurso que a empresa é socialmente responsável, mas na prática não demostrar ações concretas, pode ser um tiro no pé aos espertalhões que pensam em capitalizar sobre a boa vontade e o altruísmo de muitos clientes em potencial.

Infelizmente, não é raro encontrar exemplos que ao final se mostraram grandes decepções aos consumidores. Isso geralmente ocorre quando os executivos estão muito mais preocupados com o lucro e nada mais. No curto prazo, até conseguem resultados, mas isso não é perene.

Aos empreendedores que estão criando seus negócios, vale lembrar que tais práticas responsáveis podem e devem ser parte do seu mantra já na fase start-up. Não se deve esperar ser grande para praticar o bem. E não é necessário doar dinheiro ou criar uma ONG para que isso ocorra.

Aliás, muitos preferem não divulgar tais feitos, justamente para não induzir o cliente a pensar que as ações benevolentes têm um objetivo oculto. Quando se faz o bem sem pensar em retorno, o retorno ocorre naturalmente. É simples assim e a maioria das pessoas se sente atraída por tais práticas, já que estão em consonância com seus valores morais.

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