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Empresas que querem inovar não podem temer perder tempo com ideias ruins

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Inovação é a palavra de ordem nas empresas que buscam resultados duradouros. Entre as várias maneiras de fomentar a inovação nas empresas encontra-se o incentivo aos funcionários para pensar e agir diferente, com criatividade e, assim, propor novas ideias.

Tendo esse pano de fundo como premissa, muitas empresas criaram, e ainda criam, programas de incentivos aos funcionários para inovar. Alguns desses programas destinam prêmios em dinheiro, ações e bônus como recompensa aos projetos inovadores.

Porém, pesquisas recentes têm mostrado que as empresas precisam repensar essa estratégia, uma vez que inovações disruptivas, que criam novos mercados ou mudam radicalmente um mercado já existente, dificilmente surgirão desses programas.

Isso porque inovações desse tipo são extremamente raras. E não adianta estimular todo mundo na empresa para ter ideias e mais ideias, pois isso pode até gerar uma frustração como efeito colateral, já que muitas das ideias não serão implementadas.

Uma abordagem alternativa, sugerida pelos pesquisadores Oliver Baumann e Nils Stieglitz, seria a criação de um sistema que aumente a variedade de ideias geradas, ou seja, que a empresa aceite e incentive várias maneiras de se gerar ideias.

Isso significa aceitar e encorajar brincadeiras, jogos, a aleatoriedade, a descoberta por “acaso” e, acima de tudo, aceitar que falhas vão ocorrer. Aceitar o fato de que não se pode apenas criar um processo para gerar ideias e deixar que elas surjam de várias maneiras é o desafio.

Que empresas conseguem adotar tal abordagem? Com certeza não serão aquelas que possuem uma cultura de aversão ao risco e que disseminam, mesmo que indiretamente, o medo da falha junto aos funcionários.

Empresas que focam apenas em resultados de curto prazo também terão dificuldade de adotar essa abordagem mais abrangente e livre para a inovação, pois significaria destinar um orçamento para projetos sem métricas claras de resultados agora ou no futuro.

Mas a essência de empreender está justamente em criar, descobrir o novo, superar desafios e fazer a empresa crescer. Muitos dos negócios que são sucesso hoje nasceram com ideias pensadas originalmente sem nenhuma noção de quanto dinheiro renderiam.

O fato é que cada vez mais as empresa têm voltado às suas origens empreendedoras em busca de respostas para enfrentar os desafios atuais de crescimento. Porém, se a cultura corporativa for uma barreira intransponível, vai ser difícil obter resultados.

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