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Pense duas vezes antes de sair de férias

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O mote dos jovens de hoje é diferente do das gerações anteriores. Muitos jovens contemporâneos estão buscando, de maneira prioritária, a qualidade de vida em detrimento da dedicação irrestrita ao trabalho. Será que estão certos?

O mundo corporativo pode ser perverso com aqueles que o tratam com desdém. A verdade é que existem regras nada explícitas que podem comprometer a evolução na carreira como executivo(a). Uma delas refere-se à sua dedicação ao trabalho.

Apesar de hoje em dia ser cada vez mais comum a cobrança por resultados e não por tempo de dedicação ao trabalho, essa tendência ainda está longe de ser a regra.

Alguns estudos recentes mostram que o receio de muitos empregados em tirar férias tem sentido. Em um desses estudos, constatou-se que 13% dos gerentes mostraram-se menos receptivos em promover funcionários que tiraram todo o seu período de férias.

Outro estudo, publicado no “Wall Street Journal”, mostrou que os empregados que tiraram menos tempo de férias do que tinham direito de uma única vez ganharam no ano seguinte 2,8% a mais do que aqueles que tiraram férias cheias.

Os dados são para a realidade americana e mostram que não é surpresa porque lá cerca de 15% dos funcionários não tiraram férias no último ano. O medo não só de ficar na geladeira, como de ser demitido, é maior do que a vontade ou a necessidade (justa) de descanso.

Trata-se de uma situação, no mínimo, constrangedora. No caso brasileiro, ocorre algo semelhante. Não é incomum os executivos de grandes empresas não desligarem do trabalho, mesmo durante as férias. Mas onde fica a qualidade de vida?

Isso mostra, cada vez mais, que o ambiente corporativo, que funciona sob as regras do sistema capitalista, o qual prega a busca de resultados incessantes, precisa ser repensado.

É paradoxal o ser humano evoluir em tantas áreas e ainda seguir maciçamente as regras tradicionais do sistema capitalista. Mas quem pode mudar esse cenário? Os grandes protagonistas dessa mudança serão, com certeza, os novos empreendedores.

Já há movimentos mundiais que questionam o resultado financeiro como o único a ser perseguido (e isso não é de hoje), e que começam a tomar força. Além dos movimentos que visam a proteção do meio ambiente, o consumo consciente, entre outros.

É necessário que os novos empreendedores proponham mudanças profundas no modelo de empresa, tendo como pano de fundo a qualidade de vida, a busca da felicidade e, claro, resultados consistentes que permitam à empresa crescer.

Acreditar que isso é possível é o primeiro passo. Quanto mais e mais empreendedores aderirem à ideia, mais as mudanças ocorrerão em ritmo acelerado. E você, acredita que isso, de fato, pode ocorrer nos próximos anos ou acha que dificilmente se tornará uma realidade?

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